2007...
Fogos e falas
Estouram ao longe fogos artificiais,
luzes emergentes de colorido inatural.
E doze meses desfilam em retrospectiva
por todos os canais de televisão.
Posso sentir os ventos estranhos,
Quentes, uivantes e imprecisos
que cercam meu espaço-tempo
e sacodem a poeira de minhas lembranças.
Muita coisa mudou no meu entorno pessoal.
enquanto dentro de mim,
petrifica-se a sensação de inércia
no tocante a festejada alegoria
de “ser feliz”.
Se é que existem pelo menos fragmentos
dessa aspiração humana e tão irreal.
Em tempos de ocupações,
enforcamentos festejados,
maldades institucionalizadas
e cinismo globalizado,
penso que ninguém
com o mínimo de senso de justiça
e solidariedade,
ousaria proclamar-se feliz.
Poderia dizer que acredito
que entre caroços de uva na carteira
E roupas brancas e douradas
Junto a oferendas para a rainha do mar,
esgueiram-se névoas de esperança.
E que eclodem como espumantes e vinhos
Pelos céus do mundo globalizado,
centelhas de um futuro bom.
Poderia falar de noites claras de luar prata
e dedilhar acordes num violão,
Sentindo o tato de afeiçoadas mãos
nas madeixas que recobrem
minha inquieta cabeça.
Poderia,
mas não vou fazer.
Hoje,
quero apenas dizer
que estarei aqui amanhã,
e depois,
e sempre que alguém chamar
Ou a causa assim exigir.
Quero reafirmar minha crença no bem
e na boa-vontade.
Quero dizer
que a despeito de democratas e republicanos,
de impérios e tiranos,
Sigo acreditando
No suor de minha gente,
na força da sinceridade
e na imaturidade divina da juventude.
Quero também dizer
que não sou bom nessas coisas melosas
e não sei nem se quer
falar de qualquer coisa
que não se possa conjugar no front.
Mas hoje,
quero dizer que respeito
aqueles que choram por saudade
e vivem com o coração á frete da mente,
os que se apaixonam fácil,
e até os que enxergam saída na caridade.
Embora,
não pretenda imitá-los.
Hoje,
quero exercer a generosidade.
Hoje,
quero pegar emprestado
um pouquinho da sensibilidade
presente em abundância
em tanta gente boa.
Hoje,
quero pensar e me fazer diferente.
Hoje,
quero Torna-me alguém um pouco melhor.
Hoje
quero dizer isto,
e só.
Que este novo ano seja de lutas
E de defesa intransigente e inegociável
Do bem. E que sempre que nos abater
A injustiça e nos desanimar a vitória da maldade.
Lembremos-nos serenos e resolutos que o Mal não
ganha a guerra, ele apenas vence batalhas.
Poeta Urbano.
Estouram ao longe fogos artificiais,
luzes emergentes de colorido inatural.
E doze meses desfilam em retrospectiva
por todos os canais de televisão.
Posso sentir os ventos estranhos,
Quentes, uivantes e imprecisos
que cercam meu espaço-tempo
e sacodem a poeira de minhas lembranças.
Muita coisa mudou no meu entorno pessoal.
enquanto dentro de mim,
petrifica-se a sensação de inércia
no tocante a festejada alegoria
de “ser feliz”.
Se é que existem pelo menos fragmentos
dessa aspiração humana e tão irreal.
Em tempos de ocupações,
enforcamentos festejados,
maldades institucionalizadas
e cinismo globalizado,
penso que ninguém
com o mínimo de senso de justiça
e solidariedade,
ousaria proclamar-se feliz.
Poderia dizer que acredito
que entre caroços de uva na carteira
E roupas brancas e douradas
Junto a oferendas para a rainha do mar,
esgueiram-se névoas de esperança.
E que eclodem como espumantes e vinhos
Pelos céus do mundo globalizado,
centelhas de um futuro bom.
Poderia falar de noites claras de luar prata
e dedilhar acordes num violão,
Sentindo o tato de afeiçoadas mãos
nas madeixas que recobrem
minha inquieta cabeça.
Poderia,
mas não vou fazer.
Hoje,
quero apenas dizer
que estarei aqui amanhã,
e depois,
e sempre que alguém chamar
Ou a causa assim exigir.
Quero reafirmar minha crença no bem
e na boa-vontade.
Quero dizer
que a despeito de democratas e republicanos,
de impérios e tiranos,
Sigo acreditando
No suor de minha gente,
na força da sinceridade
e na imaturidade divina da juventude.
Quero também dizer
que não sou bom nessas coisas melosas
e não sei nem se quer
falar de qualquer coisa
que não se possa conjugar no front.
Mas hoje,
quero dizer que respeito
aqueles que choram por saudade
e vivem com o coração á frete da mente,
os que se apaixonam fácil,
e até os que enxergam saída na caridade.
Embora,
não pretenda imitá-los.
Hoje,
quero exercer a generosidade.
Hoje,
quero pegar emprestado
um pouquinho da sensibilidade
presente em abundância
em tanta gente boa.
Hoje,
quero pensar e me fazer diferente.
Hoje,
quero Torna-me alguém um pouco melhor.
Hoje
quero dizer isto,
e só.
Que este novo ano seja de lutas
E de defesa intransigente e inegociável
Do bem. E que sempre que nos abater
A injustiça e nos desanimar a vitória da maldade.
Lembremos-nos serenos e resolutos que o Mal não
ganha a guerra, ele apenas vence batalhas.
Poeta Urbano.
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